Tuesday, December 6, 2016

Vocabulário

Vocabulário

PRECAUÇÕES UNIVERSAIS: atualmente denominadas Precauções Básicas, são medidas de prevenção que deve ser utilizadas na assistência
a todos os pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e contato com mucosas e pele não-íntegra. Isso
independe do diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa
(HIV/AIDS, Hepatites B e C).
PRINZMETAL, ANGINA DE:
uma variedade de angina pectoris, muitas vezes considerada uma forma de angina instável, na qual os ataques
ocorrem durante repouso, a capacidade de exercício está muitas vezes bem preservada, e os ataques associam-se
eletrocardiograficamente com elevação do segmento ST. Espasmo focal de uma artéria coronária epicárdica que causa
redução abrupta e transitória do diâmetro arterial, resultando em isquemia miocárdica.
RAYNAUD, DOENÇA, GANGRENA, FENÔMENO OU SÍNDROME DE (RAYNAUD’S PHENOMENON):
cianose digital paroxística idiopática; ataques bilaterais
intermitentes de isquemia dos dedos das mãos ou dos pés e, às vezes, das orelhas e do nariz, marcados por palidez severa,
e muitas vezes acompanhados por parestesia e dor; provocada caracteristicamente por estímulos frios ou emocionais,
aliviada pelo calor, surge devido a doença ou anormalidade anatômica subjacente; pode ser diagnosticada se o fenômeno
persiste por, no mínimo, 3 anos sem evidência de uma doença associada; manifesta-se pela primeira vez entre 15 e 45 anos
de idade, predominantemente em mulheres. Quando a condição é idiopática ou primária, é denominada Raynaud’s Disease.
CID-10 I73.0
REINKE, EDEMA DE (REINKE’S HYDROPS):
inchaço das cordas vocais, causado principalmente devido ao fumo; principal causa de voz rouca e
grave fonoterapia em mulheres fumantes.
REITER, DOENÇA, SÍNDROME OU URETRITE DE (REITER’S SYNDROME):
tríade de sintomas de etiologia desconhecida compreendendo uretrite,
conjuntivite e artrite, seu aspecto dominante; artrite reativa, afeta as articulações provocando artrite assimétrica, infla-
mação com aumento de juntas, principalmente nos membros inferiores, podendo estar acompanhada de inflamação
dos olhos, inflamação da uretra ou do cérvix, inflamação do intestino, com diarréia aguda, e acometimento da pele e
mucosas da boca e da genitália; representa possivelmente uma resposta imune anormal a certas infecções, talvez
relacionada com suscetibilidade hereditária. CID-10 M02.3
REYE, SÍNDROME DE (REYE’S SYNDROME):
doença rara, aguda e, às vezes, fatal da infância, que ocorre mais freqüentemente como
seqüela de varicela, de toxinas exógenas, de salicilatos (aspirina) ou de infecção respiratória superior viral; marcada
por vômito recorrente e concentrações elevadas das transaminases séricas, com alterações características no fígado
e em outras vísceras. Aos sintomas pode seguir-se uma fase encefalopática, com edema cerebral agudo, perturbações
de consciência e convulsões. CID-10 G93.7
ROMBERG, PROVA OU TESTE DE (ROMBERG’S TEST):
usado para diferenciação entre ataxia sensória e cerebelar. Com o paciente de olhos
fechados, a marcha mostra-se larga, denota incerteza e os movimentos do corpo são desajeitados, na ataxia sensória,
e sem alteração na ataxia cerebelar. ROMBERG, SINAL DE (ROMBERG’S SIGN):
queda ou oscilação do corpo quando o
paciente estiver de pé, com os pés juntos e os olhos fechados.
ROMBERG, DOENÇA DE (ROMBERG’S DISEASE):
atrofia de uma metade da face, geralmente progressiva e de causa desconhecida. CID-10 G51.8
SHAVER, DOENÇA DE (SHAVER’S DISEASE):
pneumoconiose rapidamente progressiva que começa com alveolite e progride para enfisema
pulmonar extremo, freqüentemente acompanhado por pneumotórax, causada pela inalação de fumos de bauxita con-
tendo finas partículas de alumina e sílica. CID-10 J63.1
SÍNDROME AMNÉSICA (AMNESTIC SYNDROME):
doença mental orgânica ocorrida em estado normal de consciência e caracterizada por
comprometimento das memórias recente e remota, ao passo que a memória imediata permanece preservada com
habilidade reduzida, para aprendizagem, mas com desorientação temporal.
Sua causa mais comum é a deficiência de tiamina
associada com abuso crônico de álcool, mas a síndrome pode resultar de qualquer processo patológico que cause dano
bilateral a estruturas do lobo temporal medial e diencéfalo. As causas incluem traumatismo, tumores e hipoxia cerebrais, infarto,
envenenamento por monóxido de carbono e encefalite por herpes simples. CID-10 F10.6
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA/SIDA (ACQUIRED IMMUNODEFICIENCY SYNDROME/AIDS):
doença retroviral transmissível, epidêmica,
devida à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), manifestada nos casos graves por depressão profunda da
imunidade celular. Chamada também de “Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana”. CID-10 B20-B24.-
SÍNDROME DE FADIGA RELACIONADA AO TRABALHO:
inclui a síndrome de fadiga crônica, a chamada síndrome de fadiga industrial, considerada
como decorrente da monotonia do trabalho repetitivo dos trabalhadores industriais, e a síndrome de fadiga patológica associada
ao trabalho. CID-10 F48.0
SOFRIMENTO PSÍQUICO:
idéia muito utilizada em estudos de Psicopatologia do Trabalho, especialmente na França e no Brasil; refere-se aos
sentimentos de angústia relacionados a situações de trabalho; introduz a dimensão do inconsciente na análise das vivências
do trabalho pelos profissionais, importante para a análise da dinâmica da satisfação e da insatisfação ocupacionais, presente
na origem de sintomas psíquicos relacionados ao trabalho. Dois fatores relevantes para a origem da sintomatologia psíquica
em trabalhadores são a perda do sentido subjetivo do trabalho e a falta de reconhecimento social pelo trabalho que realizam.
TINEL, SINAL DE (TINEL’S SIGN):
uma sensação de formigamento na extremidade distal de um membro quando é feita percussão sobre o local
de um nervo dividido. Indica uma lesão parcial ou regeneração do nervo.
VALSALVA, MANOBRA DE (VALSALVA’S LIGAMENTS, MANEUVER):
exalação forçada contra narinas ocluídas e boca fechada; a pressão aumentada
na trompa de eustáquio e na orelha média faz a membrana timpânica mover-se para fora; exalação forçada contra a
glote fechada; o aumento resultante na pressão intratorácica interfere com o retorno venoso ao coração.
WERNICKE-KORSAKOFF, DOENÇA OU SÍNDROME DE (WERNICKE-KORSAKOFF SYNDROME):
doença comportamental causada pela deficiência de
tiamina, mas comumente devida ao abuso crônico de álcool e associada a outras polineuropatias nutricionais. A
encefalopatia de Wernicke (confusão, ataxia da marcha, nistagmo e oftalmoplegia) ocorre como um ataque agudo e é
reversível, exceto alguma ataxia ou nistagmo residuais, pela administração de tiamina; a síndrome de Korsakoff (am-
nésia anterógrada e retrógrada grave) pode ocorrer em conjunção com a encefalopatia de Wernicke ou pode tornar-se
aparente mais tarde; apenas cerca de 20% dos pacientes recuperam-se completamente da amnésia. A encefalopatia
aguda pode ser precipitada ou agravada por carboidratos. CID-10 E51.2+G32.8*
WILSON, DOENÇA OU SÍNDROME DE (WILSON’S DISEASE):
enfermidade progressiva rara, herdada como caráter recessivo autossômico e
devida a uma anomalia no metabolismo do cobre, com acumulação deste no fígado, no cérebro, nos rins, nas córneas
e em outros tecidos; caracteriza-se por cirrose do fígado e alterações degenerativas no cérebro, particularmente nos
gânglios da base. CID-10 E83.0
WOOD, LÂMPADA DE (WOOD’S LIGHT):
fonte de vapor de mercúrio que emite radiação ultravioleta em comprimento de onda de cerca de
365 nm, por meio de um filtro de óxido de níquel.



Monday, December 5, 2016

Agentes patogênicos - Tricloroetileno

Agentes patogênicos - Tricloroetileno

TRICLOROETILENO
CARACTERIZAÇÃO
CICH=CCl2 – É um líquido incolor, não-inflamável, não-corrosivo, que possui um odor doce, característico de
alguns hidrocarbonetos clorados.

USOS E EXPOSIÇÃO
É utilizado principalmente como solvente no desengraxamento a vapor.
Também é aplicado para extrair a cafeína do café, como agente para lavagem a seco e como intermediário
químico na síntese de anestésicos e alguns medicamentos, na produção de praguicidas, ceras, borrachas,
resinas, alcatrão, tintas, vernizes e compostos específicos, como o ácido cloroacético.



Sunday, December 4, 2016

Agentes patogênicos - Tricloroetano

Agentes patogênicos - Tricloroetano

1,1,1-TRICLOROETANO
CARACTERIZAÇÃO
CH3CCl3 – O 1,1,1-tricloroetano é um líquido não-inflamável e incolor, com cheiro semelhante ao clorofórmio.
Ao contato com metais quentes ou à exposição à radiação ultravioleta, ele se decompõe em gases irritantes
(ácido clorídrico, fosgênio e dicloroacetileno).
USOS E EXPOSIÇÃO
Em sua forma líquida, é utilizado como desengraxante para lavagem a frio, lavagem por imersão e como
desengraxante de metais no sistema a seco ou a vapor.
É empregado na limpeza de instrumentos na indústria mecânica de precisão, como solvente para pigmentos,
na indústria têxtil e em lavanderias no processo de lavagem a seco.
Sua utilização em larga escala vem sendo substituída pelo uso do tetracloreto de carbono.

1,1,2-TRICLOROETANO
CARACTERIZAÇÃO
CH2ClCHCl2 – O 1,1,2-tricloroetano é um líquido incolor, não-inflamável, com um odor doce característico.
É um isômero do 1,1,1-tricloroetano, mas não deve ser confundido toxicologicamente com este. O 1,1,2-
tricloroetano se compara em toxicidade ao tetracloreto de carbono e ao tetracloroetano.

USOS E EXPOSIÇÃO
É utilizado como intermediário químico e como solvente de gorduras, óleos, ceras e resinas, ainda que seu
emprego não esteja tão difundido como o de seu isômero.


Saturday, December 3, 2016

Agentes patogênicos - Tiol mercaptano

Agentes patogênicos - Tiol mercaptano

TIOL (MERCAPTANO)
CARACTERIZAÇÃO
Os tióis são compostos orgânicos monofuncionais, alifáticos ou aromáticos, caracterizados pela presença de
grupos sulfidrilas (-SH).
Em geral, os tióis possuem um odor forte, desagradável, mesmo em concentrações mínimas. O método mais
importante para a produção dos tióis envolve a reação de sulfeto de hidrogênio com olefinas e álcoois, em
temperaturas e pressões variadas e tendo como catalisadores alguns ácidos, bases, peróxidos e sulfatos
metálicos.
O hidrogênio do grupo – SH pode ser substituído por mercúrio ou outros metais pesados.
Nota: a adoção do nome “tiol” para substituir “mercaptano” foi estabelecida por ser mais consistente com a
constituição molecular destes compostos. Portanto, o termo antigo, que literalmente quer dizer “entidade que
captura o mercúrio” (do Latim: “corpus mercurium captans” ), é impróprio.

USOS E EXPOSIÇÃO
Os tióis são, de forma geral, utilizados como intermediários na fabricação de corantes, agrotóxicos, fármacos e
outras substâncias químicas orgânicas e como gases que funcionam de advertência (pelo seu forte odor) ao
agregarem-se a gases inodoros tóxicos.
O ácido tiolático (ácido 2-mercaptopropiônico – CH3CH(SH)COOH) é utilizado como cosmético em prepara-
ções para penteados de cabelo e depilação.
O ácido tioglicólico (ácido mercaptoacético – HSCH2COOH) é empregado na produção de creases permanen-
tes em têxteis e meios de cultura para crescimento de microorganismos, em produtos plásticos, farmacêuticos,
e como reagente para a detecção de ferro de outros íons metálicos.
O ácido tiomálico (ácido mercaptosuccínico – HOOCCH(SH)CH2COOH) é empregado em laboratórios de pes-
quisa, como agente antioxidante e na fabricação da borracha sintética.
O ácido tiossalicílico (ácido 2-mercaptobenzóico – HOOCC6H4SH) é empregado como corante e reagente na
análise de ferro.
O 2-mercaptobenzotiazol (MBT – C4H4CCSC(SN)N) é empregado como acelerador na vulcanização da borra-
cha, como fungicida e como agente inibidor de corrosão em óleos de corte e derivados do petróleo.
O 2-mercaptoetanol (HSCH2CH2OH) é utilizado como solvente para corantes e como intermediário na produ-
ção de corantes, produtos farmacêuticos e inseticidas. É também um agente de flotação e utilizado como
estabilizante na fabricação de PVC (cloreto de polivinila).
O 1-pentanotiol (amil-mercaptano), o etil mercaptano e o 2-metil-2-propanotiol (ter-butil mercaptano) funcio-
nam como gases de alerta (pelo odor) para o gás natural, enquanto o propanotiol e o metil mercaptano para
outros gases tóxicos inodoros.
O 1-dodecanotiol (dodecil mercaptano) é utilizado na fabricação de borracha sintética, plásticos, produtos
farmacêuticos, inseticidas, fungicidas e detergentes não-iônicos.

Friday, December 2, 2016

Agentes patogênicos - Tetracloroetileno

Agentes patogênicos - Tetracloroetileno

TETRACLOROETILENO (Percloroetileno)
CARACTERIZAÇÃO
Cl2C=CCl2 – É um líquido incolor, extremamente estável, transparente, não-inflamável, de cheiro característico.

USOS E EXPOSIÇÃO
É um solvente de amplo uso, em particular como agente na lavagem a seco, como desengraxante e como
intermediário em reações químicas.
É aplicado também em fumigantes e como medicamento anti-helmíntico.

Thursday, December 1, 2016

Agentes patogênicos - Tetracloroetano

Agentes patogênicos - Tetracloroetano

TETRACLOROETANO
CARACTERIZAÇÃO
CHCl2-CHCl2 – O tetracloroetano é um líquido pesado, volátil, não-inflamável, corrosivo, com cheiro semelhan-
te ao clorofórmio.
USOS E EXPOSIÇÃO
É utilizado como agente para lavagem a seco, como fumigante, na fabricação de cimentos e em vernizes.
É empregado na fabricação de tetracloroetileno, seda artificial, couro artificial e pérolas artificiais.
Mais recentemente, quase não é mais utilizado como solvente, porque tem sido substituído por compostos
menos tóxicos.

Wednesday, November 30, 2016

Agentes patogênicos - Tetraclorodibenzodioxina

Agentes patogênicos - Tetraclorodibenzodioxina

TETRACLORODIBENZODIOXINA (TCDD)
CARACTERIZAÇÃO
2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina é uma das 70 substâncias que compõem a família das dioxinas cloradas.
Tem sido aceita como sinônimo de dioxina, o que é quimicamente impreciso.
É uma substância formada como subproduto da síntese de alguns compostos benzenos clorados, especifica-
mente o triclorofenol e seus derivados. É uma das substâncias tóxicas mais potentes já conhecidas.
USOS E EXPOSIÇÃO
O TCDD fazia parte da composição, como subproduto, de alguns agrotóxicos e do desfolhante agente laranja.
A utilização deste desfolhante foi proibida nos EUA pela Food and Drug Administration (FDA). Portanto, ele não
é produzido comercialmente, mas pode estar presente como impureza na produção de 2,4,5-triclorofenol
(TCP – C6H2Cl3OH), do hexaclorofeno (C6HCl3OH)2CH2 e do 2,4,5-triclorofenoxiacético
(2,4,5-T, um dos principais componentes do agente laranja).
A exposição dos trabalhadores, assim como do público em geral, a esta substância, pode ocorrer durante a
incineração (inalação de cinzas ou gases de incineradores) ou no manuseio de triclorofenol, 2,4,5-T e
hexaclorofeno, durante programas de aplicação de agrotóxicos, na bioacumulação do TCDD na cadeia alimentar,
durante a combustão de materiais contendo carbono na presença de cloro, e no contato com pessoas cujas
vestimentas estejam contaminadas.

Tuesday, November 29, 2016

Agentes patogênicos - Tetracloreto de carbono

Agentes patogênicos - Tetracloreto de carbono

– T –
TETRACLORETO DE CARBONO
CARACTERIZAÇÃO
CCl4
– O tetracloreto de carbono é um líquido não-inflamável e incolor, que possui um cheiro característico. Seu
vapor possui densidade 5,3 vezes maior que a do ar.
USOS E EXPOSIÇÃO
O tetracloreto de carbono foi muito utilizado como solvente desengraxante, em extintores de incêndio, como
agente na lavagem a seco, fumigante e agente anti-helmíntico.
Hoje, porém, seu maior emprego (quase a totalidade) é como intermediário químico na produção de agentes
refrigerantes de clorofluorcarbonos.
É utilizado como solvente de óleos, graxas, vernizes, ceras e resinas e empregado também na fabricação de
semicondutores e cabos, na recuperação de metais, para extrair óleo de flores e para compor fragrâncias de
sabonetes.

Monday, November 28, 2016

Agentes patogênicos - Sulfeto de hidrogênio

Agentes patogênicos - Sulfeto de hidrogênio

SULFETO DE HIDROGÊNIO
CARACTERIZAÇÃO
H2S – O sulfeto de hidrogênio é um gás inflamável, incolor, solúvel em água e álcool. Ele é um constituinte
natural da atmosfera, em concentrações baixíssimas, incapazes de se tornarem tóxicas (exceto nas proximida-
des de vulcões).
Além do gás vulcânico, o sulfeto de hidrogênio está presente no gás natural, nos poços de petróleo e em certas
águas de fontes naturais, podendo ser formado, espontaneamente, em poços, cisternas, porões e noutros
ambientes profundos, pela ação de bactérias formadoras de enxofre (S), a partir de material orgânico (óleos,
graxas, cadáveres, etc.).

USOS E EXPOSIÇÃO
O H2S é gerado como subproduto em muitos processos industriais.
É utilizado na indústria química como reator analítico e para a síntese de sulfetos inorgânicos, ácido sulfúrico,
sais de bário e compostos orgânicos de enxofre. É empregado também como desinfetante na agricultura, na
metalurgia, na fabricação da polpa de papel Kraft e celulose, papel celofane, rayon (processo da viscose) ou
seda, corantes, tinturas e pigmentos.
Na indústria do petróleo, é empregado, principalmente, no pré-tratamento do petróleo bruto, na recuperação
de vapor do craqueador catalítico, da unidade de destilação, e na dessulfurização catalítica.
É empregado também no processamento de açúcar da beterraba, em curtumes e matadouros, na litografia e
fotogravura.
A construção de túneis, a perfuração de poços petrolíferos e a carbonização do carvão a baixa temperatura são
fontes potenciais de exposição.

Sunday, November 27, 2016

Agentes patogênicos - Sulfeto de carbono ou dissulfeto de carbono

Agentes patogênicos - Sulfeto de carbono ou dissulfeto de carbono

SULFETO DE CARBONO OU DISSULFETO DE CARBONO
CARACTERIZAÇÃO
CS2
– O dissulfeto de carbono (ou sulfeto de carbono) é um líquido incolor, altamente inflamável, que em sua
forma pura tem um odor adocicado e, em sua apresentação comercial e reativa, um odor forte. É um solvente
extraído do petróleo ou do carvão mineral.
Em concentrações de aproximadamente 1 ppm, pode ser reconhecido pelo seu odor, porém o olfato se fatiga
rapidamente, de modo que o odor não serve como advertência.

USOS E EXPOSIÇÃO
O dissulfeto de carbono é um solvente para ceras, óleos, lacas e resinas, e é utilizado como um lubrificante de
chamas para cortar vidros. Ele é empregado na vulcanização a frio da borracha e na indústria petroquímica.
É um componente de certos tipos de inseticidas, parasiticidas e herbicidas.
É empregado também na indústria têxtil, para a fabricação de celofane e de rayon (seda artificial) pelo proces-
so da viscose. Esta última exposição ocupacional é a que mais tem sido associada à produção de danos à
saúde do trabalhador na experiência brasileira.

Saturday, November 26, 2016

Agentes patogênicos - Sílica livre

Agentes patogênicos - Sílica livre

SÍLICA LIVRE (dióxido de silício – SiO2)
CARACTERIZAÇÃO
O silício e o oxigênio são os dois elementos mais importantes da crosta terrestre e formam uma unidade
tetraédrica fundamental (SiO4), que consiste em um íon central de silício com íons de oxigênio ligados a ele em
seus quatro cantos, formando uma estrutura tridimensional.
Todas as formas de sílica – que se constitui no dióxido de silício (SiO2) – são compostos destes tetraedros com
átomos de oxigênio, de maneira que cada cristal consiste em uma molécula gigante com fórmula estrutural
geral SiO2. Quando combinada, é chamada de sílica livre. Cátions metálicos podem ser adicionados à sua
estrutura, proporcionando formas e características diversas.
A sílica livre ocorre nas formas cristalina polimórfica, criptocristalina
(que consiste de minúsculos cristais) e
amorfa (não-cristalina).
A diferenciação entre sílica livre e combinada é muito importante. A sílica livre é a substância que possui um
potencial fibrogênico para os pulmões mais difundida na natureza. Porém, exemplos de sílicas combinadas,
que são fibrogênicas (principalmente o grupo de minerais do asbesto), são de distribuição mais restrita.
As formas de sílica livre são o quartzo, a tridimita e a cristobalita, que são estruturalmente diferentes, mas
quimicamente idênticas, ou seja, são alotrópicas. As formas criptocristalinas são a pederneira, a calcedônia e
a opala. Elas são geralmente chamadas de sílica amorfa, o que é incorreto. O exemplo mais importante de
sílica amorfa do ponto de vista de doença pulmonar é a diatomita (terra diatomácea).
O quartzo pode ser transformado em suas formas alotrópicas sob a influência de altas temperaturas ou pres-
sões ou na presença de certos íons metálicos. Quando o quartzo é submetido a temperaturas de aproximada-
mente 1000o C, ele é convertido em tridimita e, a temperaturas mais altas (1400o C), em cristobalita. As formas
amorfas e as criptocristalinas também podem ser transformadas em tridimita e cristobalita sob as mesmas
condições de temperatura.

USOS E EXPOSIÇÃO
A extração de minérios (trabalhos no subsolo e a céu aberto), os trabalhos em pedreiras, a fabricação de
material refratário para fornos, chaminés e cadinhos e a instalação de tijolos refratários na indústria do aço
(principalmente os que contêm altas concentrações de quartzo para o revestimento de altos fornos) são poten-
ciais fontes de exposição à SiO2.

A sílica é utilizada na fabricação de vidros (foscamento com jatos de areia), porcelanas, cerâmicas e louças, inclusive
louça sanitária.
Ela é empregada também na fabricação de lixas, mós, rebolos, saponáceos, pós e pastas para desbaste e
polimento de metais e pedras preciosas e semipreciosas.
Em fundições de metais, a sílica é empregada no processo de limpeza e acabamento das peças – rebarbação,
em processos de moldagem e no jateamento abrasivo.
A perfuração de poços em áreas secas do Nordeste e o jateamento de areia em estaleiros constituem atividades
de alto risco de exposição, nas atuais condições brasileiras.

Friday, November 25, 2016

Agentes patogênicos - Selênio e seus compostos

Agentes patogênicos - Selênio e seus compostos

– S –
SELÊNIO E SEUS COMPOSTOS
CARACTERIZAÇÃO
Se – O selênio existe nas formas hexagonal, monoclínica ou amorfa. Quando na forma monoclínica, é verme-
lho. Quando na forma amorfa, pode ser avermelhado (pulverizado) ou preto (vítreo). Quando na forma hexago-
nal (mais estável), é cinza-metálico.
É altamente tóxico. Só conduz eletricidade em presença da luz e de acordo com a intensidade desta.
Seus minerais, em número aproximado de 40, não têm importância econômica por serem raros. Podem ser
obtidos por meio da metalurgia do cobre e de outros metais.
USOS E EXPOSIÇÃO
A extração de selênio de cobre, prata, níquel e ouro expõe os trabalhadores a possíveis danos à saúde.
A fabricação de retificadores de selênio que convertem corrente alternada em corrente contínua é responsável
pela aplicação de mais da metade da sua produção mundial.
O selênio é utilizado industrialmente também na produção de células fotoelétricas e semicondutores, em al-
guns processos da indústria fotográfica e máquinas fotocopiadoras, na fabricação de vidro, como pigmento na
vitrificação da cerâmica e na produção de baterias solares.
O sulfeto de selênio (SeS2) é utilizado na composição de medicamentos e xampus anticaspa.
O selênio dietilditiocarbamato (Se SC(S)N(C2H5)2 4) é utilizado na vulcanização da borracha.
O dióxido de selênio (SeO2) é um reagente na química analítica e é empregado como antioxidante em óleos
lubrificantes.

Thursday, November 24, 2016

Agentes patogênicos - Prata

Agentes patogênicos - Prata

PRATA
CARACTERIZAÇÃO
Ag – É um metal branco, de intenso brilho metálico, e possui a maior condutividade térmica e elétrica dentre
todos os metais. Não é combustível, exceto quando em pó.
A prata ocorre em filões rochosos e forma 55 minerais conhecidos, sendo os principais a argentita (sulfeto de
prata), a cerargirita (cloreto de prata) e a prata nativa. A prata pode ser obtida também da metalurgia do zinco,
ouro, níquel e cobre.

USOS E EXPOSIÇÃO
A prata pode formar ligas com cobre, alumínio, cádmio, chumbo ou antimônio, utilizadas na produção de jóias,
moedas, adornos, placas, instrumentos científicos e rótulos de baterias e acumuladores. É utilizada nos aços
de cromo-níquel para soldagem e em ligas de bronze, que são empregadas na aplicação de películas metáli-
cas sobre vidros e cerâmicas para aumentar a resistência e diminuir a corrosão. É empregada também em
produtos químicos para filmes fotográficos.
Devido a sua resistência ao ácido acético e outros ácidos provenientes de alimentos, é utilizada na fabricação
de tubos, válvulas, tinas e outros recipientes pasteurizantes e preservantes nas indústrias de leite, vinagre,
sidra e cerveja.
O brometo de prata (AgBr) é utilizado em placas e papéis de impressão, em filmes fotográficos e na fabricação
de vidros especiais.
O cloreto de prata (AgCl) é empregado nas indústrias ótica, fotométrica e fotográfica, na galvanoplastia, na
preparação da prata pura e como antisséptico. Cristais simples são utilizados em células e lentes de absorção
de raios infravermelhos.
O nitrato de prata (AgNO3) é empregado em filmes fotográficos, na preparação de tintas especiais (para cabe-
lo), no prateamento de espelhos, como antisséptico e em forma de pomada para cauterizar feridas.
O óxido de prata (AgO2) é empregado em polimento e coloração de vidros, como reagente químico e na
purificação da água.



Wednesday, November 23, 2016

Agentes patogênicos - Pentóxido de vanádio

Agentes patogênicos - Pentóxido de vanádio

PENTÓXIDO DE VANÁDIO
CARACTERIZAÇÃO
V2O5 – O pentóxido de vanádio é um pó cristalino, vermelho-amarelado.

USOS E EXPOSIÇÃO
A utilização de partículas de pentóxido de vanádio na produção do metal vanádio, a reforma de instalações
onde o pentóxido de vanádio é utilizado como catalisador e a limpeza de óleo queimado em fornos e chaminés
de fundições expõem os trabalhadores a possíveis danos à saúde.
O pentóxido de vanádio é um catalisador em várias reações orgânicas de oxidação, como a oxidação do dióxido
de enxofre em ácido sulfúrico (processo de contato), a obtenção de ácido ftálico, ácido maléico e outros.
Ele é empregado em substâncias para coloração da cerâmica, tecidos e aplicadas em vidros para inibir a
transmissão de raios ultravioleta.
É empregado também na indústria fotográfica (reveladores fotográficos).

Tuesday, November 22, 2016

Agentes patogênicos - Pentaclorofenol

Agentes patogênicos - Pentaclorofenol

PENTACLOROFENOL
CARACTERIZAÇÃO
C6Cl5OH (PCP) – É um composto encontrado na forma de pó ou cristal branco.

USOS E EXPOSIÇÃO
É utilizado como fungicida, bactericida, agrotóxico e como preservante para madeira.
É ainda componente de xampus e tintas e pode ser encontrado como contaminante de alimentos que foram
armazenados em containers tratados com PCP.

Monday, November 21, 2016

Agentes patogênicos - Parafina

Agentes patogênicos - Parafina

– P –
PARAFINA
CARACTERIZAÇÃO
A parafina constitui uma classe de hidrocarbonetos alifáticos caracterizada por uma cadeia de carbonos
linear ou ramificada, possuindo apenas ligações simples entre os carbonos.
Possui fórmula química geral:
CnH2n+2. É o mesmo que alcano.
As parafinas de importância industrial são derivadas principalmente do petróleo. Elas são produzidas por meio
do craqueamento, destilação e fracionamento do petróleo cru.
Suas características físicas variam na medida em que cresce o peso molecular, variando de gases (metano) a
sólidos cerosos.

USOS E EXPOSIÇÃO
As parafinas são aplicadas na indústria como combustíveis, lubrificantes e solventes, e, após serem submeti-
das a um processo de alquilação, isomerização e desidrogenação, são obtidos materiais para síntese de tintas,
produtos para revestimento protetor, plásticos, borracha sintética, resinas, pesticidas, detergentes sintéticos e
uma imensa variedade de produtos petroquímicos.