Thursday, July 21, 2016

Epicondilite medial - Prevenção

Epicondilite medial - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das entesopatias relacionadas ao trabalho requer avaliação e monitoramento das condições
e dos ambientes de trabalho, particularmente do modo como são realizadas as tarefas, as atividades que envolvem
movimentos repetitivos, esforço estático e preensão prolongada de objetos, extensão brusca de cotovelo etc., como
em trabalhos com ferramentas (chaves de fenda), condução de veículos cujos volantes exigem esforço, no transporte
ou deslocamento de bolsas ou sacos pesados, trabalho de chapisco de pedreiros, cortadores em fábricas de alimentos
e frigoríficos, empacotadores de carnes, entre outras. Requer uma ação articulada entre os setores assistenciais e os
de vigilância. É importante que o paciente seja atendido por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar,
capacitada a lidar e a dar suporte aos sofrimentos físico e psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de interven-
ção nos ambientes de trabalho.
A intervenção sobre os ambientes de trabalho deve basear-se na análise criteriosa e global da organização
do trabalho, que inclui:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, do conteúdo das tarefas, do modo operatório e dos
postos de trabalho, do ritmo e da intensidade do trabalho, dos fatores mecânicos e condições físicas dos
postos de trabalho, das normas de produção, dos sistemas de turnos, dos sistemas de premiação, dos
incentivos, dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.

Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), segundo a Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes
nos estados e municípios. Para promoção da saúde do trabalhador e prevenção das entesopatias relacionadas ao
trabalho, devem ser observadas as prescrições contidas na NR 17, que estabelece parâmetros para avaliação e
correção, do ponto de vista ergonômico, de situações e condições de trabalho.
É importante garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das modificações na organização do trabalho.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica, com pesquisas de sinais e sintomas por meio de protocolo padronizado e exame
físico acurado;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Mais importante do que a realização de exames complementares são as pesquisas de sinais e sintomas
dolorosos, de sobrecarga de estruturas músculo-esqueléticas, sintomas neurovegetativos, psíquicos, e um exame
físico criterioso para a detecção precoce dos casos.
Recomenda-se o monitoramento clínico por meio da aplicação de instrumentos padronizados de pesqui-
sas de sintomas referidos. Não está justificado o uso de exames de imagem (RX e outros) nos exames pré-admissionais
e periódicos. Aplicam-se somente nos casos em que é necessário firmar diagnóstico e realizar diagnóstico diferencial.


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