Tuesday, June 14, 2016

Síndrome cervicobraquial - Prevenção

Síndrome cervicobraquial - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da síndrome cervicobraquial relacionada ao trabalho requer avaliação e monitoramento das
condições e dos ambientes de trabalho, com atenção para o modo como as tarefas são realizadas, especialmente nas
atividades que envolvem contratura estática ou imobilização por tempo prolongado de segmentos corporais, como
cabeça, pescoço ou ombros; tensão crônica, esforços excessivos, elevação e abdução de braços acima da altura dos
ombros empregando força, vibrações de corpo inteiro.
* Normais em espondilose, alterados em tumores metastáticos, pancoast e infecções.

É importante que o paciente seja cuidado por equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar,
capacitada a lidar tanto com os aspectos de suporte aos sofrimentos físico e psíquico do trabalhador quanto com
os aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho, articulando as ações assistenciais e de vigilância
em saúde.
A intervenção nos ambientes de trabalho deve basear-se em análise criteriosa e global da organização do
trabalho, que inclui:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, do conteúdo das tarefas, dos modos operatórios e
dos postos de trabalho; do ritmo e da intensidade do trabalho; dos fatores mecânicos e condições
físicas dos postos de trabalho; das normas de produção; dos sistemas de turnos, dos sistemas de
premiação, dos incentivos, dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre cole-
gas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.
Recomenda-se observar a adequação e cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), segundo a Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes
nos estados e municípios. Para a promoção da saúde do trabalhador e prevenção da síndrome cervicobraquial
relacionada ao trabalho, também devem ser observadas as prescrições contidas na NR 17, que estabelece parâmetros
para avaliação e correção de situações e condições de trabalho, do ponto de vista ergonômico. O Anexo n.º 8 da NR 15
define como insalubres as atividades e operações que exponham os trabalhadores a vibrações e estabelece os LT, de
acordo com a ISO 2631 e a ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. O controle da exposição a vibrações pelo manuseio de
equipamentos, instrumentos e maquinarias deve ser previsto desde a etapa de projeto e fabricação. Sua atenuação
pode ser conseguida por meio da diminuição do tempo de exposição e uso de luvas protetoras apropriadas.
Devem ser definidas estratégias que garantam a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos
níveis gerenciais para a implementação das modificações necessárias na organização do trabalho.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisas de sinais e sintomas, por meio de protocolo padronizado e exame físico
acurado;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Mais importante do que a realização de exames complementares são as pesquisas de sinais e sintomas
dolorosos, de sobrecarga de estruturas músculo-esqueléticas, sintomas neurovegetativos, psíquicos, e um exame físico
criterioso, para a detecção precoce de casos. Recomenda-se o monitoramento clínico por meio da aplicação de instru-
mentos padronizados de pesquisa de sintomas referidos. Não está justificado o uso de exames de imagem (raio X e
outros) nos exames pré-admissionais e periódicos. Aplicam-se somente nos casos em que é necessário firmar diagnós-
tico e realizar diagnóstico diferencial.



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