Friday, February 5, 2016

Cólica do chumbo - Quadro clínico e diagnóstico

Cólica do chumbo - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O mecanismo de dor é por provável inibição da função autonômica das células musculares lisas intestinais. Nos
casos graves, pode haver aparecimento de megacólon tóxico, observado, principalmente, em crianças. A cólica abdominal
pelo chumbo é de grande intensidade, podendo simular abdômen agudo. Pode ser acompanhada de vômitos e constipação
intestinal e, mais raramente, diarréia. A cólica, se não tratada, pode persistir por quatro a doze dias.
O diagnóstico é feito baseado na história de exposição ao chumbo e no quadro clínico e pode ser confirmado pela
dosagem do chumbo no sangue (habitualmente acima de 70 µg/100 ml). Outras causas de abdômen agudo devem ser
excluídas. O diagnóstico da intoxicação aguda pelo chumbo baseia-se na história e no quadro clínico de gastroenterite
diarréica com vômitos, dor abdominal, cefaléia, insônia, tremores e delírio. As dores abdominais intensas, em cólica, com
diarréia profusa, às vezes sanguinolenta, podem ser seguidas por insuficiência circulatória, coma e, ocasionalmente, morte.
Na intoxicação crônica, as primeiras manifestações são vagas e entre elas destacam-se as digestivas com
anorexia, dispepsia, diarréia ou constipação. Logo se associam anemia, palidez cutânea e coloração acinzentada da pele.
Podem ocorrer, nos casos mais graves, linha de Burton nas gengivas, alterações vasculares e paralisia radial periférica. A
alteração mais grave e tardia é a encefalopatia saturnina. As cólicas saturninas são características, com dores abdominais
intensas, devidas a espasmos segmentares do intestino delgado, com ou sem diarréia. O abdômen se retrai e pode se
associar com vólvulos.


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